roquenrol bim-bom


apanhador só (da esquerda para a direita): fernão agra, felipe zancanaro, martin estevez e alexandre kumpinski | fotos: daryan dornelles

Desde os anos 60, o Rio Grande do Sul abastece o cenário musical brasileiro com um sem número de influentes bandas de rock. O gênero, que já se fazia presente na Porto Alegre da década de 1950, animava os salões de bailes e festas com os conjuntos melódicos Norberto Baldauf, Renato e Seu Conjunto, Flamboyant, Flamingo, Stardust, Mocambo e Poposky e Seus Melódicos. Entretanto, o rock só ganhou destaque na década seguinte, com o surgimento da joverguardista Os Brasas e, mais à frente, a Liverpool. Esta, com forte influência da tropicália e do rock inglês, foi rebatizada em 1971 de Bicho da Seda, tornando-se a banda mais emblemática da história do rock gaúcho.
A segunda metade dos anos 70 foi extremamente prolífera para a cena da região: com o apoio dos jornais e, principalmente, da Rádio Continental AM, diversos artistas conseguiram registrar e divulgar seus trabalhos, destacando-se os Almôndegas – de Kleiton e Kledir –, Hermes de Aquino, Bizarro, Bobo da Corte, Inconsciente Coletivo, Hallai Hallai, Gilberto Travi e o Cálculo IV, entre outros. A década de 1980, por sua vez, foi marcada pela coletânea Rock Grande do Sul. Lançado em 1985 pela gravadora RCA, o álbum apresentava as bandas DeFalla, Engenheiros do Hawaii, Os Replicantes, TNT e Garotos da Rua. A partir daí, viu-se a ampliação e consolidação do rock produzido nos Pampas, caracterizando-se tanto por sua intensa produção quanto pela diversidade. Com referências capazes de variar do indie rock ao funk carioca, bandas como Acústicos & Valvulados, Papas da Língua, Bidê ou Balde, Cachorro Grande, Comunidade Nin-Jitsu, Cartolas, Superguidis, Pública, Pata de Elefante e Apanhador Só conquistaram espaço e ingressaram no cenário pop rock nacional.
Destacando-se das demais bandas por sua forte ligação com a música popular brasileira, Apanhador Só foi exaustivamente comparado ao grupo carioca Los Hermanos e, por tabela, incluído no hall da neoMPB. A banda, inicialmente formada por amigos de colégio, é atualmente composta por Alexandre Kumpinski (vocal e guitarra), Felipe Zancanaro (guitarra), André Zinelli (bateria) e Fernão Agra (baixo). Em 2006, lançou seu primeiro EP, “Embrulho Pra Levar”, ganhando com ele o Festival de Bandas Trama Universitário. Dois anos depois, o grupo promoveu seu segundo e homônimo EP, tendo conseguido, após algumas tentativas frustradas, a aprovação de seu disco de estreia pelo Fumproarte (Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural de Porto Alegre). Lançado em 2010, “Apanhador Só” figurou nas listas de melhores discos do ano em boa parte das revistas e sites  especializados, ganhando também o Prêmio Açorianos de Música nas categorias de “Melhor Álbum Pop”, “Melhor Produtor Musical” (Marcelo Fruet) e “Melhor Projeto Gráfico” (Rafael Rocha). O disco, além de sua versão física, foi disponibilizado para download gratuito no site da banda. Logo em seguida, o grupo se lançou no projeto que há tempos vinha desenvolvendo, o “Acústico-Sucateiro”, realizando pequenos shows em espaços públicos e utilizando como instrumentos sucata e outros objetos inusitados (conduíte, cantil, panela, sineta de recepção, etc.). Desta experimentação, surgiu o álbum “Acústico-Sucateiro” (2011), gravado na sala de casa de Alexandre e  comercializado no formato de fita cassete. Este ano, em meio aos preparativos para o novo álbum que sairá em 2013, a banda lançou “Paraquedas”, um compacto em vinil com duas faixas produzidas por Curumin e Zé Nigro, estreitando assim os laços com a já notória cena paulistana.
Em meio à turnê para a divulgação de seu último clipe, “Nescafé”, Apanhador Só esteve em abril no Rio de Janeiro, onde se apresentou no Studio RJ ainda com o seu antigo baterista, Martin Estevez. Aproveitamos a ocasião e convidamos Alexandre e Felipe para esta entrevista. Após a seção de fotos na cobertura de um shopping em Copacabana, a dupla nos falou de sua carreira, rock gaúcho, Los Hermanos e tropicalismo, entre outros assuntos.

BD - Alexandre, o Apanhador Só obteve boas resenhas que destacaram a qualidade de suas composições e você chegou a dizer, em certa ocasião, que apontaria a letra como a principal preocupação da banda. Entretanto, uma das mais recorrentes críticas à sua geração é justamente a falta de grandes letristas. Você consegue perceber que o Apanhador Só possui este diferencial?

Alexandre Kumpinski – Desde o início demos importância às letras. Até por conta de virmos, como ouvintes e depois como criadores, dessa escola de compositores brasileiros que sempre teve bons letristas. Mas esta diferenciação que tu falou, acho que só percebi a partir das críticas feitas com o lançamento do primeiro álbum. As pessoas começaram a postar partes das nossas letras no Twitter, no Facebook... e volta e meia alguma resenha comentava a respeito disto. Mas não foi necessariamente algo que buscamos para nos diferenciarmos. Foi um processo natural. Sempre tivemos bastante cuidado com as nossas composições nesse sentido.

BD - As letras são extremamente maduras e sofisticadas para pessoas tão jovens. De onde vem esta inspiração e maturidade?

Alexandre Kumpinski – Neste disco tivemos, entre autores e coautores, a colaboração de mais ou menos dez pessoas. Todas, de alguma maneira, próximas à banda. Os letristas envolvidos se preocuparam em não escrever versos em vão, de buscar coerência e construir uma espécie de coluna vertebral que desse sentido às canções. Mesmo que elas não sejam necessariamente apreendidas pelo público da forma como foram pensadas, acho muito importante que as letras se sustentem, que busquemos uma coerência durante o processo de composição. Eu ouvi muito Chico Buarque no início da minha adolescência e, mais tarde, Tom Zé e Caetano. Eles são, cada um à sua maneira, muito cuidadosos com as letras. O Chico possui uma fluidez natural e talentosa, o Tom Zé tem uma forma mais sagaz e experimental e o Caetano transita entre tudo isto, recheado de referências e conceitos.

BD – E como surgiram as parcerias? 

Alexandre Kumpinski – Normalmente os parceiros são amigos próximos. Ian Ramil, Diego Grando, Marcelo Noah, Estêvão Bertoni, Marcelo Souto... todos eles, antes de serem parceiros musicais, são meus amigos há muitos anos. Sinto que ter intimidade ajuda muito na hora de criar.


BD - As comparações entre o Apanhador Só e o Los Hermanos são constantes, até por conta de eles terem influenciado outros músicos da sua geração como Cícero, Marcelo Jeneci e etc. Afinal, o que há de tão admirável no som da banda carioca?

Alexandre Kumpinski – Acho que foi uma combinação de vários fatores: o Los Hermanos surgiu no momento certo e fazendo uma mistura de muito bom gosto de rock com música brasileira. Algo que há certo tempo não era visto no cenário pop daqui, pelo menos não daquela forma, genuína. E também tem a importância das letras. O Marcelo Camelo e o Rodrigo Amarante são bons compositores. Uma geração inteira se identificou com as canções deles. Acredito que tenha sido um momento histórico na música popular... com o resgate da canção, a atenção às letras e uma busca por uma sonoridade instigante que transcendia o comercialismo encontrado nas bandas brasileiras que chegavam até nós.

BD - Alexandre, em outra entrevista, você fez críticas ao jabá, dizendo que se tratava de uma imposição absurda. Entretanto, o que muitos músicos reclamam hoje em dia é a presença de poderosos assessores de imprensa que acabam por monopolizar os espaços para os músicos divulgarem seus trabalhos... Para você este seria o novo jabá?

Alexandre Kumpinski – Cara, eu não sei, estou recebendo esta notícia através de ti! [Risos]. Mas é interessante, é uma nova perspectiva que tu traz para mim.

Felipe Zancanaro – Eu já havia pensado um pouco a respeito disto. Intuitivamente. Mas você formalizou esta ideia de forma bem clara. Uma coisa é fato: em qualquer profissão, para que você possa fazer alguma coisa são necessários contatos. Mas a questão é entender qual é o limite disto. Se não há uma monopolização de certos espaços, onde determinados artistas têm mais acesso do que outros por conta das assessorias. Mas, realmente, não temos conhecimento a respeito disto.

Alexandre Kumpinski – Sempre existiu este tipo de privilégio: uma ou duas pessoas com muitos contatos. Mas o problema do jabá, especificamente, é que vemos a indústria ditando a produção artística. Para mim, isto é muito pior. Em algum momento, cheguei a pensar que o nosso trabalho era voltado para um público mais específico, consumidor de bandas independentes e tal, diferente do público da Ivete Sangalo ou do Michel Teló, por exemplo. Mas nos últimos tempos venho pensando que não é assim. O Apanhador Só e outros tantos músicos também fazem parte da identidade cultural do país e precisam ter condições de alcançar a população. Quanto mais o jabá e a mídia apontarem para apenas um ou outro artista, mais difícil será para divulgarmos nosso trabalho. O Apanhador Só não tem tanto público quanto poderia ter basicamente porque ainda existe este tipo de mecanismo de dominação de mercado. A grande maioria da população, que ainda tem a TV como principal fonte de informação e entretenimento, acaba consumindo apenas os nomes mais populares, não entrando em sites especializados pra cavucar bandas novas e artistas interessantes. A televisão deixou de ser um espaço íntegro de divulgação cultural e hoje dita tendências e troca o conteúdo da programação por dinheiro. Daí, mesmo que a música independente tenha conseguido mais espaço hoje em dia através da internet, sinto que nós ainda estamos muito longe de termos um mercado com regras justas. Hoje, quem tem dinheiro manda, e a cultura não pode se desenvolver deste jeito.

BD – Vocês falaram em mercado... Como é em Porto Alegre? É possível fomentar uma cena e desenvolvê-la de forma satisfatória longe do eixo Rio - São Paulo?

Alexandre Kumpinski – Lá no Sul, acho que não estamos vivendo uma cena propriamente dita... temos artistas e bandas com trajetórias específicas, individuais. A nossa história é muito diferente da história dos Cartolas, que é diferente da história da Superguidis, que é diferente da história da Pública e por aí vai. Então, não chegamos a constituir uma cena. Estas bandas são de uma geração um pouco anterior à nossa. Mesmo tendo afinidades e se dando bem com os Subtropicais e com a Procura-se Quem Fez Isso, por exemplo, o Apanhador Só sempre esteve um pouco sozinho no cenário de lá. É complicado, pois cada caso é um caso. Até por conta de nossas experimentações e por buscarmos uma sonoridade mais brasileira, temos alguma dificuldade de identificação com o que se entende por rock gaúcho. Mas sempre se percebem alguns elos. A Dingo Bells, que é uma banda um pouco mais nova, tem muito a ver com a gente. O Ian Ramil também. Talvez, a partir daí, ou em torno de quaisquer outros nomes, em algum momento comece a se formar um cenário em Porto Alegre.

BD - Aqui no Rio os artistas reclamam muito da falta de espaços e de público...

Alexandre Kumpinski – Com o lançamento do primeiro disco, conseguimos mais visibilidade. Temos bastante público em Porto Alegre e uma boa média no resto do país, principalmente em São Paulo. Espaço é complicado, mas vai-se inventando.

Felipe Zancanaro – Têm muitas bandas gaúchas que circulam pelo interior, principalmente nas cidades universitárias. Lá existe uma agitação cultural, além de espaços e público que permitem aos artistas fazerem shows todas as semanas, de quinta a domingo. Mas o Rio Grande do Sul é um estado um pouco isolado. Não há uma boa comunicação com Santa Catarina. No Paraná ainda tem Curitiba e um pouco do interior. Mas ir para lá é como vir para São Paulo ou Rio, é praticamente a mesma coisa. Então, acho que se uma banda de Porto Alegre quer circular, quer viver de seu trabalho, tocar só no Sul é complicado... Se não me engano, Cachorro Grande não chegou a ficar muito tempo por lá...

Alexandre Kumpinski – Têm artistas que se sustentam, mas inseridos em um esquema: tem a Rádio Atlântida, do grupo RBS, filiada à Globo... é a única rádio que tem alcance no estado inteiro. A partir disto criam-se grandes sucessos localizados. O Armandinho começou assim, fazendo muito sucesso no Rio Grande do Sul, antes de se tornar um produto vendido no Brasil inteiro. E se manteve por muitos anos só neste esquema. Bidê ou Balde também tomou vulto deste modo.

Felipe Zancanaro – Mas é complexo falar sobre isto. Porque se sustentar passa por uma questão financeira muito pessoal, que é a importância que você dá ao dinheiro e ao seu trabalho, à sua música. Além disto, também existe outro problema: a mídia nacional realmente se concentra no Sudeste. Então, sinto que toda vez que passamos por aqui, ganhamos mais atenção tanto do público quanto da mídia gaúcha. Faz parte do imaginário das pessoas de lá, entende? Sempre nos perguntam quando iremos nos mudar para São Paulo. Como se este realmente fosse o próximo passo de qualquer banda do sul ou de outra região. Entretanto, o que percebo é que os artistas utilizam a cidade muito mais como uma base para divulgação do seu trabalho do que necessariamente para viver de shows. Você até pode fazer várias apresentações na capital e no interior de São Paulo, dá para ganhar dinheiro tocando por lá, mas, normalmente, quem optou por esta mudança, circula também por outras regiões do país.


BD - Na música “Prédio”, há os versos “Não sou eu que tô confundindo/ é confundindo que eu vou te explicando”, imagino que seja uma referência direta à “Tô” do Tom Zé. Qual a importância da tropicália na música do Apanhador Só?

Alexandre Kumpinski – O tropicalismo está presente na nossa formação musical, ou pelo menos na minha! [Risos]. Na do Fernão também, a gente ouvia muito. Sempre curtimos. Acho que as ideias tropicalistas estão presentes na própria postura da banda ao fazer música. A questão da antropofagia, de pegar elementos de origens diversas, reconfigurá-los à nossa maneira e inseri-los nas músicas. Também procuramos não nos prender às tradições provincianas que possam diminuir as possibilidades estéticas. Este é um dos pontos-chave do porquê de existir o problema em identificar o Apanhador com o que se entende por rock gaúcho.

BD – Por sinal, os jornalistas e pesquisadores têm grandes dificuldades em nomear a cena atual. Isto é uma preocupação para vocês?

Felipe Zancanaro – Não buscamos um rótulo para o que fazemos. A gente simplesmente processa nossas referências e vai produzindo. É realmente difícil encontrar um termo para se referir a nós ou a qualquer banda de hoje em dia. Estamos escutando muitas coisas diferentes e, com isto, as referências se tornam muito mais amplas. Os rótulos já existentes não são mais capazes de nos classificar, então ficam nesta tentativa de criar um novo nome ou usar um antigo com alguma modificação. Mas, sinceramente, acho desnecessário. Não vejo o porquê desta necessidade. Talvez algum termo se revele com o tempo, com o próprio amadurecimento desta geração.

BD - Filipe Catto regravou “Nescafé”, situando-a em um contexto que remete a uma MPB um pouco mais tradicional. O que acharam? É interessante este diálogo? 

Alexandre Kumpinski – Claro. É muito positivo. Ficamos felizes quando ele nos contou que queria gravar a música. Foi importante para nós, até porque o Filipe atinge um público que não é exatamente o nosso, mas que possui afinidades. Ele é um excelente intérprete. Pra mim, como compositor da mesma geração que a dele, é interessante este diálogo.

BD – O álbum “Acústico-Sucateiro” parece ter dado um novo rumo à carreira da banda...

Alexandre Kumpinski – A gente já tocava com percussão de sucata desde 2005. Tínhamos até uma integrante na banda, a Carina Levitan, responsável por isto. Quando ela saiu e foi morar em Londres, ficamos só com as guitarras. Mais tarde, retomamos o “sucateirismo”, mas desplugados: criamos o “Acústico-Sucateiro”. No próximo disco a gente está querendo amalgamar estes dois mundos e transformá-los no “eletroacústico-sucateiro”. [Risos]. Mas já havia percussão de sucata no primeiro álbum. A Carina veio ao Brasil e tocou com a gente. Só que, como ela não participou de toda a pré-produção e gravou antes mesmo de colocarmos as guitarras, boa parte do que fez não entrou ou então aparece muito baixinho na mixagem final. Mas, ainda que discreta, a sucata está lá.

Felipe Zancanaro – A sucata levou o nosso trabalho para um universo de timbres muito interessante. Esta experimentação, esta busca por timbres retirados de objetos é o que mais me seduz. E, acredito, deve contribuir muito para o próximo disco. Acho interessante misturar estes dois formatos: a banda com baixo, guitarra e bateria; e a sucata.

BD - A história do escambo da fita cassete [em troca de cinco fitas fora de uso e em bom estado, a banda oferece uma outra do "Acústico-Sucateiro"] é algo extremamente lúdico e acaba gerando uma aproximação do público com a banda. Vocês tinham esta noção quando criaram o projeto?

Alexandre Kumpinski – Sim. Gostamos muito de fazer coisas que fujam do padrão. Já que somos independentes, temos uma liberdade enorme para desenvolver ideias como esta. Além do mais, o nosso tamanho permite: temos um contato muito próximo com o público, conversamos com todo mundo, tanto nas redes sociais quanto nos shows. Esta nossa condição permite o escambo das fitas, por exemplo.

BD – E como o novo álbum será financiado?

Alexandre Kumpinski – O nosso plano é lançar uma campanha no Catarse, que é uma ferramenta de crowdfunding, e tentar o financiamento diretamente com os fãs. Estamos rezando para que dê certo! [Risos]. Apostamos nisto. Pretendemos divulgar bastante pelas redes sociais. Afinal, já que nascemos, crescemos e continuamos nos mantendo através destas ferramentas, é até natural que tenhamos optado por este caminho para viabilizar o próximo disco. Acho este tipo de financiamento genial. No crowdfunding, a pessoa escolhe em qual projeto vai investir e se quer investir. Conseguimos o dinheiro para o nosso primeiro disco através do fundo municipal para a cultura, mas acho este processo menos democrático do que o crowdfunding: não há uma escolha direta, todos os projetos passam por uma comissão que irá julgar e decidir para onde as verbas irão ou então passam pelo crivo da iniciativa privada. O financiamento coletivo é libertador, no sentido de que a banda não depende de mais ninguém além do próprio público para fazer as coisas acontecerem. Cada vez menos é preciso se associar às gravadoras ou a qualquer grande corporação pra conseguir lançar um disco. E se a indústria cultural é o que vêm sufocando artisticamente o mercado, é de lógicas como as que regem o crowdfunding que poderá vir a oxigenação de nossa cultura.




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