da maior importância v. 2 – revisto e ampliado


fotos: daryan dornelles

Tulipa Ruiz já não precisa mais de apresentações. Uma das mais celebradas vozes de sua geração, há poucas semanas dividiu o palco do Teatro Municipal (RJ) com grandes nomes da MPB e, em agosto, realizará sua primeira turnê pelos EUA. “Efêmera”, seu álbum de estréia, foi recentemente lançado na Europa e no Japão e em outubro a cantora atrairá mais holofotes ao participar do festival Rock in Rio. Com um currículo como este, até então inimaginável para um artista independente, Tulipa já havia chamado há bastante tempo a atenção do Banda Desenhada. Caso não estejam lembrados, a cantora chegou a conceder uma entrevista para o site em maio deste ano. Contudo, na época ainda sofríamos de certo acanhamento e deixamos passar uma ótima oportunidade para nos aprofundarmos em questões importantes sobre a sua trajetória e a ascensão da cena independente brasileira. Tomado de novo fôlego, o Banda Desenhada foi ao hotel onde Tulipa esteve hospedada para participar da 22° edição do Prêmio de Música Brasileira. Em pleno almoço e prestes a embarcar para São Paulo, ela nos recebeu e, simpática como sempre, respondeu todas as nossas perguntas. Como brinde pra lá de especial, acabamos por ganhar um desenho exclusivo para ilustrar esta entrevista. Confiram:

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para entender onde pisa o chão


fotos: daryan dornelles

Nem só de São Paulo vive a nova música popular brasileira. Trilhando um caminho próprio, o som que vem de Minas Gerais pode não ter a mesma reverberação que o da capital paulistana, mas, ainda assim, consegue mostrar sua força e imprimir sua identidade na nova MPB. Esta conquista deve-se, e muito, aos esforços de seus artistas, produtores, empresários, jornalistas e do próprio Estado que, privilegiando a música local e aglutinando-a em coletivos, fomentam uma das cenas mais estáveis da música contemporânea brasileira. Assim como os paulistanos, os músicos mineiros também se destacam por sua pluralidade, adotando os mais diversos estilos: samba, rock, pop, hip-hop, músicas eletrônica e regional. A diversidade de gêneros é proporcional ao número de artistas que vem se destacando nesta cena: Pedro Morais, Graveola e o Lixo Polifônico, Transmissor, Vitor Santana, Lucas Avelar, Capim Seco, Dudu Nicácio, Aline Calixto, Porcas Borboletas, Hell's Kitchen Project, Flávio Renegado, Julgamento e outros tantos.
Passeando pelo Pop Rock e a MPB, o festejado cantor, compositor e violonista Pedro Morais lançou em 2009 seu segundo álbum, “Sob o Sol" (Tratore), onde se destacam as canções autorais que, sem cair em clichês, abordam o universo amoroso e os conflitos existenciais de sua época. De passagem pelo Rio de Janeiro, Pedro realizou dois shows ao lado de Nina Becker, dentro do projeto Novos Brasileiros, na Caixa Cultural. Com uma agenda cheia, o músico mineiro recebeu o Banda Desenhada para uma rápida entrevista após a passagem de som: 

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desafinando o coro dos contentes


fotos: daryan dornelles

 De imediato, uma das qualidades que mais chamam a atenção ao se ouvir Marcia Castro é a sua capacidade de apropriar-se das mais diversas canções e, de forma visceral, transportá-las para o seu universo, recriando-as de tal modo que passam a ser a sua verdade, a sua história. Sua voz, ao mesmo tempo enérgica e confessional, é o fio condutor para uma viagem onde sutis dramas do cotidiano se transformam em crônicas cantadas. Contudo, a intensidade e a força de Marcia não se encontram somente em seu repertório e em suas interpretações. Durante a entrevista para o Banda Desenhada, a cantora baiana, radicada em São Paulo desde 2008, foi categórica ao defender suas opiniões e fez uma análise contundente sobre o atual cenário da música popular brasileira e a crise por que passa a indústria fonográfica. Com muito bom humor e acompanhada de Marcela Bellas e sua banda, Márcia nos recebeu em seu camarim, no Centro Cultural Banco do Brasil (RJ), onde realizou dois shows para o projeto Tabuleiro BA. Em um clima pra lá de acolhedor, a conversa correu solta e a entrevista tornou-se um agradável bate-papo:

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menina do anel de lua e estrela

fotos: daryan dornelles

Todos os caminhos levam a São Paulo. Fato. A quantidade de músicos talentosos que migraram para a capital paulistana nos últimos anos é um verdadeiro assombro: Duani, Marcia Castro, Fernando Catatau, Bárbara Eugênia, Bruno Morais, Marina Lima, China, Ligiana, Seu Jorge, Marcelo Camelo, Claudia Dorei, Helio Flanders, Marcela Bellas, Filipe Catto, Karina Bhur, Lulina, Marcelo D2, Arícia Mess... A lista, praticamente interminável, torna-se uma prova contundente não só do poder financeiro da cidade, mas também da sua infra-estrutura, que viabiliza e promove diversos projetos culturais e fomenta um público que prestigia e estimula novas empreitadas.
Radicada há quatro anos na capital paulista, a cantora e compositora baiana Marcela Bellas se diferencia das demais colegas não só por seu bonito e inconfundível timbre, mas também pelo forte acento Pop que caracteriza seu trabalho. Sem pudores, a artista promove um intenso flerte entre a MPB e os hits radiofônicos, salpicando-os ainda com referências diversas, entre elas o Trip Hop. Seus dois primeiros álbuns, o EP “Leve” (2006) e “Será Que Caetano Vai Gostar?” (2009), evidenciam estas predileções e o caráter autoral de sua obra. Em 2010, mostrando ter fôlego para mil e um projetos, lançou o elogiado álbum “MiM: uma noite romântica” (2010), concebido em parceira com o músico paulista Daniel Cohen.
Passando pelo Rio de Janeiro nesta última semana, Marcela dividiu o palco do Centro Cultural Banco do Brasil com a sua conterrânea Marcia Castro, no projeto “Tabuleiro BA, a Bahia de todos os sons”. O Banda Desenhada não poderia deixar escapar esta oportunidade e foi atrás da moça. A entrevista, rápida e divertida, se deu em meio à passagem de som do espetáculo e uma insólita festa junina que ocorria no Centro Cultural:

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